Cirurgia ortognática é conhecida por modificar a posição do maxilar, queixo e gengiva
A cirurgia ortognática é conhecida por modificar a posição do maxilar, queixo e gengiva, alterando consideravelmente a fisionomia do paciente.
Na entrevista abaixo, Márcio de Moraes, coordenador do curso de pós-graduação em cirurgia bucomaxilofacial da Faculdade de Odontologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), dá detalhes sobre o procedimento:
Qual é a indicação da cirurgia ortognática?
É indicada para pacientes com alterações de crescimento ósseo dos maxilares, que causam deformidade na face e alterações na mordida. Essa deformidade pode ou não provocar dores na musculatura ou nas articulações.
Como ela é feita?
Na maioria dos casos, a cirurgia é realizada por dentro da boca. Raramente é feita com corte no rosto. O procedimento consiste basicamente em “soltar” o maxilar superior, o inferior (mandíbula) ou o queixo – e, às vezes, todos eles. A fixação na nova posição é feita com placas e parafusos geralmente de titânio.
É preciso usar aparelho antes da operação?
O tratamento com aparelho antes da cirurgia é necessário. Se os dentes estiverem desalinhados, com alturas diferentes ou tortos, é difícil fazer o encaixe na posição correta durante o procedimento.
Quais são os benefícios?
A cirurgia está sempre voltada para questões funcionais: quando os pacientes sentem dores, não conseguem morder direito, respiram pela boca etc. Porém, muitos pacientes têm dificuldade de se relacionar por se sentirem diferentes dos amigos. Aí, entra a questão estética.
A cirurgia pode ser feita apenas pelo fator estético?
Sim. Por exemplo: uma paciente me procurou por ser muito retraída. Após a cirurgia, com a face harmônica, ela começou a sorrir. Sem dúvida, a estética é funcional, ao menos no nível do comportamento.
Como é a recuperação?
Não é um procedimento que causa dores no pós-operatório. O inchaço é o maior desconforto. O paciente deve ficar em repouso e nos primeiros 20 dias ingerir apenas líquidos e alimentos pastosos. Ele volta a mastigar normalmente depois de aproximadamente 50 dias.
Existe possibilidade de colocar prótese de queixo?
Sim, as próteses são feitas com um material que não precisa ser trocado. Mas em poucas situações substituem a cirurgia de correção da deformidade dos maxilares.
Entenda como é feito o tratamento
Ilustração: Reprodução Revista SOUMAISEU!
1. Para corrigir a gengiva
O primeiro passo foi cortar o osso da maxila para “soltá-lo”. Depois, ele foi fixado numa posição mais alta com placas e parafusos.
2. Para aumentar o queixo
O osso da mandíbula foi cortado e separado com uma placa. Dessa forma, a mandíbula foi projetada para frente e o queixo foi aumentado.
Caso comprovado
Mabel do Carmo Bruno da Costa fez a cirurgia
Foto: Reprodução Revista SOUMAISEU!
Mabel do Carmo Bruno da Costa realizou a cirurgia em 2006 e obteve melhora na mastigação, na fala, no sono e na respiração. “Na parte estética, eu ganhei um queixo e diminui a gengiva”, conta.
FONTE: http://mdemulher.abril.com.br
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