Mostrando postagens com marcador EXAMES DE DIAGNOSTICOS. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador EXAMES DE DIAGNOSTICOS. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Síndrome da Cimitarra

A Síndrome da Cimitarra é uma doença rara e surge devido à presença de uma veia pulmonar, com a forma de uma espada turca chamada de cimitarra, que faz a drenagem do pulmão direito para a veia cava inferior em vez de fazer para a aurícula esquerda do coração. 

A alteração na forma da veia provoca alterações no tamanho do pulmão direito, aumento da força de contração do coração, desvio do coração para o lado direito, diminuição da artéria pulmonar direita e circulação anormal de sangue para o pulmão direito. 
A gravidade da Síndrome da Cimitarra varia de indivíduo para indivíduo, existindo pacientes que têm a doença mas não manifestam nenhum sinal ou sintoma durante toda a vida e outros indivíduos que têm problemas de saúde graves como hipertensão pulmonar, que pode levar à morte.  

Sintomas da Síndrome da Cimitarra

Os sintomas da Síndrome da Cimitarra podem ser:
  • Falta de ar;
  • Pele roxa devido à falta de oxigênio;
  • Dor no peito;
  • Fadiga;
  • Tonturas;
  • Catarro com sangue;
  • Pneumonia;
  • Insuficiência cardíaca.
O diagnóstico da Síndrome da Cimitarra é realizado através de exames como raio-x ao tórax, tomografia computadorizada e angiografia que permite identificar as alterações na forma da artéria pulmonar. 

Tratamento da Síndrome da Cimitarra

O tratamento da Síndrome da Cimitarra consiste numa cirurgia que redireciona a veia pulmonar anômala da veia cava inferior para a aurícula esquerda do coração, normalizando a drenagem do pulmão. 
O tratamento deve ser realizado apenas quando há um desvio quase total do sangue da veia pulmonar direita para a veia cava inferior ou em caso de hipertensão pulmonar. 
fonte: tua saude

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Ultrassom 3D e 4D mostram detalhes do rosto do bebê e identificam doenças

Os ultrassons 3D ou 4D podem ser feitos durante o pré-natal entre as semanas 26 e 29 e são utilizados para ver detalhes físicos do bebê e avaliar a presença e também a gravidade de doenças, e não apenas para diminuir a curiosidade dos pais.
O exame em 3D mostra detalhes do corpo do bebê, sendo possível ver o rosto e os órgãos genitais com mais nitidez, enquanto no exame em 4D, além das feições bem definidas, também é possível visualizar os movimentos do feto na barriga da mãe. 
Imagem de bebê em ultrassom 3D
Imagem bebê em 3D

Preço do ultrassom 3D e 4D

Esses exames podem custar cerca de 200 a 300 reais, e são feitos do mesmo modo que o ultrassom convencional, sem precisar de nenhum preparo especial. No entanto, recomendando-se apenas não utilizar cremes hidratantes na barriga e ingerir bastante líquidos no dia anterior ao exame.

Quando fazer o ultrassom 3D e 4D

A melhor época para fazer os ultrassons 3D e 4D é entre as 26 e 29 semanas de gestação, quando o bebê já está crescido e ainda existe bastante líquido amniótico na barriga da mãe.
Antes desse período, o feto ainda é muito pequeno e com pouca gordura debaixo da pele, o que dificulta a visualização das suas feições, e depois das 30 semanas o bebê está muito grande e ocupa muito espaço, sendo difícil ver o seu rosto e seus movimentos.

Quando a imagem não fica boa

A imagem do ultrassom 3D/4D pode não ficar boa nos casos em que:
  • O bebê está virado para as costas da mãe, impedindo que o médico identifique seu rosto;
  • O bebê está com os membros ou o cordão umbilical na frente do rosto;
  • Existe pouco líquido amniótico, pois quanto mais líquido, melhores são as imagens;
  • Existe excesso de gordura na barriga da mãe, o que dificulta a passagem das ondas que formam a imagem no aparelho de ultrassom.
É importante lembrar que o exame começa com o ultrassom normal, pois o ultrassom 3D/4D só é feito quando se obtém boas imagens no exame convencional.

Doenças identificadas pelo ultrassom

Em geral, os ultrassons 3D e 4D identificam as mesmas doenças que o ultrassom convencional e por isso normalmente não são cobertos pelos planos de saúde. As principais alterações detectadas pelo ultrassom são:
  • Lábio Leporino, que é uma má formação do céu da boca;
  • Defeitos na coluna do bebê;
  • Malformações no cérebro, como hidrocefalia ou anencefalia;
  • Malformações nos membros, rins, coração, pulmões e intestino;
  • Síndrome de Down.
A vantagem do exames em 3D ou 4D é que eles possibilitam uma melhor avaliação da gravidade do problema, podendo ser feitos após o diagnóstico no ultrassom convencional.
Além disso, na maioria dos casos é usado o ultrassom morfológico, que faz parte dos exames de pré-natal que devem ser feitos para identificar doenças e malformações no bebê.
FONTE: TuaSaude.com

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

DIAGNOSTICO DE ASMA

Na consulta médica

Ataques graves de asma podem ser fatais. Ao perceber os sinais e sintomas, converse com o médico, pois o tratamento precoce da asma pode evitar uma lesão pulmonar e ajudar a manter o quadro estável, evitando ataques graves. O médico poderá fazer as seguintes perguntas:
  • O que exatamente são os seus sintomas?
  • Quando você começou a perceber seus sintomas?
  • Quão grave são os seus sintomas?
  • Você tem problemas de respiração na maior parte do tempo ou apenas em determinadas situações?
  • Você tem alergias, como rinite ou dermatite atópica?
  • O que parece piorar os seus sintomas?
  • O que parece melhorar os seus sintomas?
  • Alguém na sua família tem asma ou outras alergias?
  • Você tem problemas crônicos de saúde?

Diagnóstico de Asma

O principal para o diagnóstico de asma é a história do paciente e os exames subsidiários. Pacientes que têm crises esporádicas com melhora depois de um tempo são suspeitos para asma, principalmente se tiverem outro tipo de alergia. O médico também poderá pedir alguns exames para avaliar o funcionamento dos seus pulmões

Função pulmonar

No teste de função pulmonar, você assopra em um tubo ligado a um computador que vai medir a função dos pulmões. Se o paciente estiver tendo uma crise de asma naquele momento, ele assopra no tubo uma primeira vez, e novamente após usar um broncodilatador. O seu médico lhe dará instruções sobre como controlar a respiração corretamente. Se a função pulmonar estiver alterada no primeiro resultado e estabilizada no segundo, tem-se um diagnóstico de asma.
Entretanto, muitas vezes o asmático chega ao médico contando uma história típica de asma, mas o exame dá normal, pois ele não está em crise. Nesses casos, o médico pode solicitar a chamada broncoprovocação, ou seja, expõe o paciente a um agente inflamatório em nível controlado e observa. Se ele iniciar uma crise, é muito suspeito para a asma, confirmando após o término do exame.

Espirometria

Esse teste avalia o estreitamento dos seus brônquios, verificando a quantidade de ar que você pode exalar depois de uma respiração profunda e quão rápido você pode colocar o ar para fora. O exame de espirometria se encontra dentro do exame de função pulmonar. Caso os seus pulmões não estejam inspirando todo o ar que deveriam, é um sinal de que seus pulmões podem não estar funcionando bem.

Exames adicionais

Outros testes para diagnosticar a asma incluem:
  • Teste de óxido nítrico: embora pouco usado, esse teste mede a quantidade do gás óxido nítrico que você tem em sua respiração. Quando as vias aéreas estão inflamadas um sinal de asma você pode ter níveis maiores de óxido nítrico do que pessoas saudáveis
  • Exames de imagem: radiografia de tórax e tomografia computadorizada (TC) dos seus pulmões e cavidades do nariz podem identificar quaisquer anormalidades estruturais ou doenças que estejam causando ou agravando problemas respiratórios
  • Gasometria arterial: a gasometria arterial mede o pH e os níveis de oxigênio e gás carbônico no sangue de uma artéria. Esse exame é utilizado para verificar se os seus pulmões são capazes de mover o oxigênio dos alvéolos para o sangue e remover o dióxido de carbono do sangue.

Converse com seu médico

Aqui estão algumas dicas que podem ajudar seu médico a fazer o diagnóstico:
  • Anote quaisquer sintomas que você está tendo, inclusive os que podem parecer sem relação com o motivo pelo qual você agendou o compromisso
  • Anote quando seus sintomas incomodam mais - por exemplo, se os seus sintomas tendem a piorar em determinados momentos do dia, durante determinadas épocas do ano ou quando você está exposto a outros gatilhos
  • Anote informações pessoais importantes, incluindo qualquer estresse ou mudanças de vida recentes
  • Faça uma lista de todos os medicamentos, vitaminas e suplementos que você está tomando
  • Leve um membro da família ou amigo junto, se possível. Às vezes pode ser difícil de recuperar todas as informações fornecidas a você durante uma consulta. O acompanhante pode se lembrar de algo que você perdeu ou esqueceu.
Como o seu tempo de consulta é limitado, preparar uma lista de perguntas irá ajudá-lo a aproveitar ao máximo seu tempo. Liste suas perguntas iniciando pela mais importante, caso o tempo se esgote antes de tirar todas as dúvidas. Para asma, algumas perguntas básicas incluem:
  • É asma a causa mais provável dos meus problemas respiratórios?
  • Quais são as outras causas possíveis para os meus sintomas?
  • Que tipos de testes que eu preciso?
  • É a minha condição provavelmente temporária ou crônica?
  • Qual é o melhor tratamento?
  • Quais são as alternativas para a abordagem primária que você está sugerindo?
  • Eu tenho essas outras condições de saúde. Qual a melhor forma de gerenciá-las juntas?
  • Existem restrições que eu preciso seguir?
  • Existe uma alternativa genérica para o medicamento que você está me prescrevendo?
  • Há algum livro ou outro material impresso que eu posso levar para casa comigo? Quais sites você recomenda visitar?

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Umbigo, local ideal para retirar amostras de bactérias

capa_umbigo2
Sabemos que bactérias são, obviamente, as causadoras de diversas doenças. E desde então foram realizadas diversas pesquisas, mas uma recentemente estão explorando as influências biológicas e até psicológicas.
Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, em USA,  defendem a ideia de que o umbigo é a fonte das bactérias em geral do nosso corpo humano, logo criaram o “Belly Button Biodiversity Project”, que traduzindo Projeto da Biodiversidade do Umbigo.
O biólogo responsável, Jiri Huclr, e os demais cientistas explicam que o umbigo é perfeito para então pesquisa, pois em geral, tocam menos e esfregam menos esta parte, logo as bactérias são mais “conservadas” neste local.
O escritor Peter Aldhous, da New Scientist,  se voluntariou para a pesquisa e teve seu umbigo microbiologicamente analisado, e teve uma comparação com outro cientista, Carl Zimmer. Num total mais de 300 voluntários, a amostra de Aldhous indicou que há mais colônias de bactérias em seu umbigo do que no de Zimmer, o que não significa que ele seja mais sujo.
Como existe competição por nutrientes entre as bactérias, é mais vantajoso para elas ficar em pequenos grupos espalhados do que em grupos grandes em um único ponto.
O objetivo final do projeto é revelar o DNA dos microorganismos viventes no corpo, montando um banco de dados que permita concluir características e funções das bactérias a ciência ainda desconhece.
Fonte: Reuters

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

DIFERENÇAS ENTRE UM PULMÃO SAUDÁVEL E UM DOENTE

Os seres humanos possuem dois pulmões, cada um medindo entre 25 e 30 centímetros de comprimento. Sua principal função é realizar a respiração, transportando o oxigênio para o corpo e exigindo o mínimo de esforço do indivíduo quando saudável. Pulmões sofrendo com doenças ou condições médicas não só prejudicam a respiração normal, mas também trazem diversos outros problemas ao paciente.

Significância

Um pulmão saudável trabalha mais quando o corpo precisa de mais ar, e diminui seu funcionamento quando o organismo está descansado. Um pulmão com doenças inibe a respiração.

Pulmões saudáveis

Um adulto normal respira 20.000 vezes por dia, em média, o que significa entre 15 e 20 respirações por minuto. Pulmões saudáveis conseguem acompanhar esse ritmo sem problemas, mas um pulmão com doenças pode carregar condições como asma, bronquite crônica e enfisema, todas essas prejudicando seu funcionamento normal. Infecções como influenza, pneumonia e tuberculose também podem afetar os pulmões.

Identificação

Fumo, bactérias, vírus e poluição do ar podem causar doenças no pulmão. Uma tosse crônica, respiração ofegante, muco crônico, sibilos, tosses com sangue e dores nos peitos podem ser sintomas de problemas nos pulmões. Uma pessoa com o pulmão saudável respira de forma livre e clara.

Exames

Raio-X de tórax, tomografia computadorizada e ressonância magnética são exames utilizados para detectar doenças nos pulmões, podendo revelar áreas suspeitas, nódulos e irregularidades. Imagens mostram claramente a diferença entre um pulmão saudável, inflado e rosado, e um doente, que parece encolhido, escuro e gasto.

Considerações

Mais de 25% dos pacientes diagnosticados com câncer de pulmão não apresentam nenhum sintoma imediato ou externo. Mudanças na respiração, tosse persistente, dor e/ou perda de peso devem ser motivos para uma visita ao médico. Não-fumantes também podem adquirir câncer de pulmão e qualquer mudança na saúde do paciente deve ser avaliada.

Prevenção/solução

Métodos para manter a saúde do pulmão e livrá-los de doença incluem parar de fumar, realizar exercício físico, evitar a inalação de produtos químicos fortes, fumaça e poluição.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

EXAME DE PRÓSTATA

O exame de próstata inclui o toque retal e o exame de sangue PSA, que devem ser avaliados em conjunto, anualmente, a partir dos 45 anos de idade, especialmente quando há histórico familiar de câncer de próstata.
Se o médico encontrar alguma alteração ao realizar estes exames, poderá indicar uma ultrassonografia da região e depois, se achar conveniente, realizar uma biópsia da próstata, retirando um pedacinho e enviando para análise laboratorial.
Se for confirmada alguma alteração na próstata, o médico poderá esclarecer ao indivíduo em relação as opções de tratamento para o câncer de próstata que incluem a retirada da próstata através de uma cirurgia chamada prostatectomia, radioterapia e/ou quimioterapia, dependendo da gravidade da doença. É importante ainda informar que estes tratamentos podem ter como efeito colateral a impotência sexual e a incontinência urinária, mas não realizar o tratamento é potencialmente fatal.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

O que é o eletrocardiograma?

eletrocardiograma (ECG) é um exame de saúde na área de cardiologia no qual é feito o registro da variação dos potenciais elétricos gerados pela atividade elétrica do coração.
O exame é habitualmente efetuado por técnicos e interpretado por médicos.

Bases teóricas

O coração apresenta atividade eléctrica por variação na concentração citosólica de iões cálcio. Os eletrodos sensíveis e colocados em pontos específicos do corpo registam esta diferença eléctrica.
Animação representando o batimento cardíaco.
O exame eletrocardiográfico pode ser utilizado em situações eletivas ou de urgência e emergência cardiovascular.

Equipamento

O aparelho que registra o eletrocardiograma é o eletrocardiógrafo. São usados sensores no peito e no abdômen.Pode ser usado no pulso.

Indicação

O exame é indicado como parte da análise de doenças cardíacas, em especial as arritmias cardíacas .Também muito útil no diagnóstico de infarto agudo do miocárdio sendo exame de escolha nas emergências juntamente com a dosagem das enzimas cardíacas.

Princípios fisiológicos

O aparelho registra as alterações de potencial elétrico entre dois pontos do corpo. Estes potenciais são gerados a partir da despolarização e repolarização das células cardíacas. Normalmente, a atividade elétrica cardíaca se inicia no nodo sinusal (células auto-rítmicas) que induz a despolarização dos átrios e dos ventrículos.
Esse registro mostra a variação do potencial elétrico no tempo, que gera uma imagem linear, em ondas. Estas ondas seguem um padrão rítmico, tendo denominação particular.

Eventos do eletrocardiograma

Algumas ondas e alguns períodos no ECG.

Onda P

Corresponde à despolarização atrial, sendo a sua primeira componente relativa à aurícula direita e a segunda relativa à aurícula esquerda, a sobreposição das suas componentes gera a morfologia tipicamente arredondada (excepção de V1)[não se encontra explicação sobre o que vem a ser V1], e sua amplitude máxima é de 0,25 mV.
Tamanho normal: Altura: 2,5 mm, comprimento: 3,0 mm, sendo avaliada em DII.
A Hipertrofia atrial causa um aumento na altura e/ou duração da Onda P.

Complexo QRS

Corresponde a despolarização ventricular. É maior que a onda P pois a massa muscular dos ventrículos é maior que a dos átrios, os sinais gerados pela despolarização ventricular são mais fortes do que os sinais gerados pela repolarização atrial.
Anormalidades no sistema de condução geram complexos QRS alargados.

Onda T

Corresponde a repolarização ventricular.
Normalmente é perpendicular e arredondada.
A inversão da onda T indica processo isquêmico.
Onda T de configuração anormal indica hipercalemia.
Arritmia não sinusal = ausência da onda P

Onda U

A onda U, nem sempre registrada no ECG, corresponde a repolarização dos Músculos Papilares.

Onda T atrial

A onda T atrial, geralmente não aparece no ECG, pois é "camuflada" pela Repolarização Ventricular. Ela corresponde a Repolarização Atrial, e quando aparece possui polaridade inversa a onda T - Repolarização Ventricular.

Intervalo PR

É o intervalo entre o início da onda P e início do complexo QRS. É um indicativo da velocidade de condução entre os átrios e os ventrículos e corresponde ao tempo de condução do impulso elétrico desde o nódo atrio-ventricular até aos ventrículos.
O espaço entre a onda P e o complexo QRS é provocado pelo retardo do impulso elétrico no tecido fibroso que está localizado entre átrios e ventrículos, a passagem por esse tecido impede que o impulso seja captado devidamente, pois o tecido fibroso não é um bom condutor de eletricidade.

Período PP

O Intervalo PP, ou Ciclo PP. É o intervalo entre o início de duas ondas P. Corresponde a freqüência de despolarização atrial, ou simplesmente freqüência atrial.

Período RR

O Intervalo RR ou Ciclo RR. É o intervalo entre duas ondas R. Corresponde a freqüência de despolarização ventricular, ou simplesmente freqüência ventricular.

Riscos

O exame não apresenta riscos. Eventualmente podem ocorrer reações dermatológicas em função do gel necessário para melhorar a qualidade do exame.

Técnica

Para se realizar o exame eletrocardiograma (ECG), o cardiopneumologista (CPL) (Também designado por técnico de cardiopneumologia) deve inicialmente explicar ao paciente cada etapa do processo. O ambiente da sala deve estar com temperatura agradável (nem muito quente nem muito frio). O paciente deve estar descansado há pelo menos 10 minutos, sem ter fumado tabaco há pelo menos 40 minutos e estar calmo. Deve ser investigado quanto ao uso de remédios que esteja usando, ou que costume usar esporadicamente.
Com o paciente em decúbito dorsal, palmas viradas para cima, o técnico determina a posição das derivações precordiais (V1 a V6) correctas; em seguida é colocado o gel de condução nos locais pré-determinados, como sendo a zona precordial, e membros, são conectados aos electrodos do electrocardiografo. Às vezes é necessário uma tricotomia (corte dos pelos) em parte do precórdio, principalmente em homens. É então registrado o electrocardiograma de repouso. Os sinais elétricos podem ser vistos com umosciloscópio, mas geralmente são registrados em papel quadriculado. Correntemente existem electrocardiógrafos digitais, com relatório automático. No entanto deve ter-se sempre em conta que esses resultados devem ser analisados pelo cardiologista, pois muitas vezes esses aparelhos têm erros no algoritmo de diagnóstico.

Critérios eletrocardiográficos de patologia cardíaca

Sobrecarga ventricular esquerda (SVE)

  1. Presença de critérios de amplitude ou voltagem para SVE: Recomendados índices de Sokolow Lyon e de Cornell.
    1. Índice de Sokolov-Lyon: onda S de V1 + onda R de V5 ou V6 >35mm;
    2. Índice de Cornell: onda R de aVL + onda S de V3 maior do que 28 mm em homens e 20 mm em mulheres.
  2. Aumento discreto na duração do complexo QRS às custas de maior tempo de aparecimento do ápice do R nas derivações que observam o Ventrículo esquerdo. Deflexão intrinsecóide ou tempo de ativação ventricular (TAV) 50ms.
  3. Alterações de repolarização ventricular nas derivações que observam o Ventrículo esquerdo (D1, V5 e V6):
    1. Onda T achatada (valor na fase precoce);
    2. Padrão tipo strain: infradesnivelamento do segmento ST de convexidade superior e T negativa assimétrica.
  4. Critério indireto de SVE: presença de onda P com componente negativo (final lento e profundo) na derivação V1 (critério de Morris): profundidade x duração mm x segundo 0,03 mm/s. (indica sobrecarga de ATRIO ESQUERDO.)

Sobrecarga ventricular direita (SVD)

  1. Componente R do QRS de V1 e V2 de voltagem maior que o máximo para a idade (maior do que 7mm em V1 no adulto).
  2. S profundas em V5 e V6, com complexos padrão RS ou rS.
  3. Pequena onda q, seguida de R (qR) ou Rs (qRs) em V1 ou V1 e V2.
  4. Aumento discreto duração do QRS em derivações direitas, por aumento da deflexão intrinsecóide (50ms).
  5. Padrão trifásico (rsR’), com onda R' proeminente nas precordiais direitas.
  6. Ausência do aumento progressivo da voltagem do r de V1 a V3.
  7. Ondas T positivas em V1 entre os 3 dias de vida e os 6 anos de idade.
  8. Eixo elétrico médio de QRS no plano frontal à direita de +110º, no adulto.
  9. Sinais indiretos para SVD
    1. Ondas P pulmonale - apiculadas e/ou acima 2,5mm de voltagem em DII, DIII e aVF;
    2. Eixo elétrico médio de P à direita de + 65º.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...